Apesar da preocupação que causa em
pais e professores, a agressividade tem um importante papel na vida de todos:
sem ela não haveria possibilidade de lutar pelo nosso espaço, de competir e de
assegurar nosso lugar no mundo, desde a infância. Assim, o que se deve
controlar é a agressão, a violência e o descontrole que prejudicam o convívio
em sociedade e não a agressividade natural que impulsiona para a vida. Inibir
por completo as manifestações agressivas causa retraimento e torna a pessoa
geralmente apática e sem iniciativa.
Ao longo da vida, a agressividade
adquire formas diferentes de expressão. O bebê, por exemplo, usa o choro para
comunicar seu desconforto, incluindo a agressividade. Aos poucos, adquire
outros recursos para se manifestar e conhecer o mundo, tais como: colocar tudo
na boca e morder, dar tapas, tocar e puxar. Esses comportamentos vistos como
agressivos pelos adultos nada mais são do que a forma que o bebê possui de
descobrir as coisas. Mais tarde, vendo como os pais reagem frente a esses comportamentos
é que as crianças aprendem que puxando o cabelo da mãe ou empurrando um
coleguinha conseguirão a atenção dos cuidadores.
Outra questão é o aumento da
necessidade da criança de testar os adultos e as regras: “até onde posso ir?”,
“eles continuarão me amando se eu desobedecer?” Com o desenvolvimento da
criança, a agressividade passa a ser utilizada também para chamar a atenção e
marcar o seu espaço, por exemplo, frente ao nascimento de um irmão. Quando isso
acontece, a criança imagina que vá perder o amor dos pais para o bebê e pode
reagir tendo crises de agressividade, sendo essa uma tentativa de chamar a
atenção dos pais e de demonstrar seu descontentamento.
Chorar, bater, morder, se jogar no chão e espernear são, portanto, as maneiras que as crianças têm de demonstrar que estão incomodadas com algo. A função de ensiná-las outras formas de expressar a insatisfação (que não seja a agressão) e de controlar os sentimentos de raiva é dos adultos que a cercam. Educar uma criança significa mostrá-la maneiras eficazes de lidar com o que sente para que ela possua outros recursos tal como a fala, além das conhecidas crises de choro e de gritos. Esse ensinamento é feito com palavras, mas principalmente com exemplos práticos de comportamento (não adianta um discurso de não violência se, por exemplo, a criança vivencia constantemente o pai tendo crises de descontrole no trânsito).
Para ensinar uma criança a “domar”
sua agressividade, algumas dicas são relevantes. Os adultos devem manter a
calma frente à situação em que a criança se descontrolou. Deve-se explicar
claramente para ela o que aconteceu, apontando as responsabilidades dela, as
causas e consequências do fato ocorrido. Isso tende a ajudá-la a se controlar
da próxima vez. É fundamental que ela peça desculpas quando seu descontrole
tiver prejudicado alguém – mesmo que o pedido pareça forçado, ela vai
aprendendo o que esperam dela. Nesse sentido, quando os pais ou educadores
perdem a paciência, vale também uma conversa posterior com a criança, seja para
pedir desculpas ou simplesmente esclarecer o ocorrido. Além disso, criar
alternativas para que a criança possa descarregar sua agressividade, como
brincadeiras e esportes, tende a ser muito proveitoso.
Finalizando, é preciso esclarecer
que, mesmo sendo parte do desenvolvimento normal, ataques recorrentes de
agressividade podem ser um pedido de atenção e de ajuda. Devemos, nesses casos,
antes de mais nada, refletir sobre quanto carinho e atenção estamos dando para
essa criança. Psicólogos e psiquiatras podem ajudar quando pais e educadores
não conseguem resolver sozinhos a situação.
OBS.: O texto acima é um conteúdo do
Blog Pedagógicos
E não se esqueça que as crianças têm
grande facilidade em aprender, isso inclui coisas boas e coisas ruins, elas
aprendem de tudo, cabe aos pais o papel de filtrar essa aprendizagem na cabeça
delas. Geralmente as crianças aprendem muito em casa, que muitas vezes é o
ambiente em que passam mais tempo. As primeiras referências de uma criança são
os pais e a família em geral (irmãos, primos...). Dê a seu filho a oportunidade
de aprender coisas boas e saudáveis com você. Vou deixar um vídeo que fala
acerca da influência dos adultos no comportamento das crianças. Até mais.
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